Elevador Pequenos Desníveis

Como posso adaptar uma casa para deficiente?

Infelizmente, muitas das propriedades no mercado, e as em que vivemos, não foram construídas tendo em conta a acessibilidade plena para pessoas com algum tipo de mobilidade reduzida, seja ela sensorial ou física. 

Quando o arquiteto contempla a posição das escadas, a largura, etc, não antevê que a casa possa ser habitada por alguém cujas escadas não são um acesso, mas uma barreira arquitetónica. O mesmo pode ser dito em relação às casas de banho, amplitude das portas, e toda uma variedade de pequenos detalhes que dificultam de sobremaneira o dia-a-dia de uma pessoa com problemas de saúde. 

Assim sendo, é cada vez mais relevante abordar de que forma uma casa pode ser adaptada, ou construída de base, para promover total acessibilidade. É exatamente neste sentido que o artigo foi pensado, e é nele que darei algumas dicas para resolver alguns destes problemas. 

Quais são as necessidades de um indivíduo com mobilidade reduzida? 

A mobilidade reduzida pode advir de vários fatores, e demonstrar diferentes níveis de severidade: se uma pessoa for cega, a sua mobilidade é reduzida não pelo seu físico mas pela inabilidade de observar as suas redondezas. Nesse caso, endentações em braile ao longo da casa podem ser o suficiente para ajudar o indivíduo se habituar às suas redondezas. A manutenção da casa, por exemplo, a troca de móveis de lugar, pode confundir uma pessoa cega e quebrar a confiança da mesma nos estímulos que a casa lhe oferece. 

No caso de problemas físicos, podemos falar de pessoas que têm necessidade de usar uma bengala ou muleta, até ao ponto de alguém que tem de usar cadeira de rodas: e mesmo na área da cadeira de rodas, há quem consiga manipulá-la sozinho/a, e há quem necessite de ajuda. 

Especialmente nestes dois últimos tipos mais severos de mobilidade reduzida, é importante que se tenha em conta as manobras e dimensões livres necessárias para as conseguir fazer em segurança. Além disso, é necessário quebrar as barreiras arquitetónicas da melhor maneira possível. 

 Por onde devo começar? 

Análise da disposição anatómica da casa 

Primeiro que tudo, é preciso analisar e identificar os problemas arquitetónicos que podem debelar os movimentos e dia-a-dia de um indivíduo com mobilidade reduzida. Como já disse em cima, as escadas são um enorme problema, mas o acesso à casa-de-banho também o pode ser.  

Pequenos desníveis estéticos, como um degrau de separação numa sala, é algo que também terá de ser debelado para dar qualidade de vida e acesso a todas as zonas, a todas as pessoas. 

Os interruptores devem estar a um nível ligeiramente mais baixo, idealmente aos 40 cm de altura, para que sejam perfeitamente acessíveis a todos. Já em relação às portas, a abertura, desde que seja de pelo menos 80cm, deve ser suficiente para o acesso de todos os modelos de cadeira de rodas. 

De resto, e se possível, poderá ser bastante importante que o piso seja liso e antiderrapante. 

Análise da disposição dos móveis 

Se no caso de indivíduos que apresentam cegueira, a manutenção dos móveis no mesmo sítio é um fator essencial, no caso de indivíduos de cadeira de rodas, é preciso contemplar pelo menos um sítio em cada divisão com um espaço de pelo menos 1m2 livre para que o indivíduo, com ou sem apoio, possa exercer as manobras necessárias para se movimentar da melhor forma. 

Um tapete pode ser um verdadeiro problema, pelo que, se optar por os usar, fixe-os de alguma forma no chão, para que eles não sejam uma armadilha para um indivíduo com problemas de mobilidade. 

Como lidar com as barreiras arquitetónicas? 

Acessos 

Se mesmo antes da entrada em casa propriamente dita, já tiver uma pequena barreira, sob a forma de escadas, poderá resolvê-la facilmente com uma rampa. Estas não necessitam de obras, e podem ser feitas especificamente para as suas escadas, em termos de tamanho de cada degrau, e da totalidade das escadas. Pode, ou não, ser fixa, tendo em conta o espaço que sobra nas suas escadas. 

Por outro lado, se tiver uma parede que dê acesso à zona de entrada, e se falamos de alguém em cadeiras de rodas que necessita de apoio, pode instalar um elevador para pequenos desníveis. Uma solução um pouco mais cara, mas de fácil instalação, a pessoa em cadeira de rodas é comodamente ascendida até ao local pretendido, com toda a segurança. 

Dentro de casa 

A maior barreira arquitetónica é a divisão entre andares. No entanto, há diversas soluções para resolver o problema. 

Um elevador, com as dimensões de 1×1,2m2, se a anatomia da casa permitir a instalação, será o ideal para ultrapassar as dificuldades de acessibilidade. 

No entanto, há outras formas de contrariar os problemas de acessibilidade: uma plataforma salva-escadas, com o tamanho adequado a uma cadeira de rodas, pode ser uma excelente solução, se a largura das escadas assim o permitir. 

Se as escadas não permitirem colocar uma plataforma salva-escadas, uma cadeira salva-escadas pode ser outra solução, não tão rápida e fácil (o paciente terá de sair da cadeira para se sentar na cadeira), mas a viagem ao longo das escadas é igualmente confortável. 

Casa de banho 

O espaço para a mobilidade é essencial, bem como a existência de barras em locais nevrálgicos para servirem como suporte e proporcionam a oportunidade do indivíduo com mobilidade reduzida se higienizar sozinha, e de forma digna. 

Casa inteligente 

A manipulação da casa através de dispositivos, tal como as luzes, controlo de temperatura, dispositivos multimédia, etc. Isto permite que, através de um smartphone, qualquer pessoa possa, remotamente e sem necessidade de se movimentar, escolher as condições ideais na sua casa. 

Consulte um especialista. 

Cada caso é um caso, e cada casa é uma casa. Apenas uma pessoa especializada no tópico poderá dar as melhores soluções para cada situação, cada orçamento e cada nível de mobilidade reduzida. Assim, receberá as dicas personalizadas e poderá discutir e receber um feedback imediato em relação a qualquer dúvida que possa ter. 

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